quarta-feira, 17 de junho de 2009

E a crise passou longe da Baixada


O pior momento da crise econômica no Brasil já passou e as perspectivas de recuperação parecem confirmar-se para o final do ano ou começo de 2010, porém suas conseqüências ainda são sentidas em todo mundo. No Brasil, alguns especialistas dizem que a crise não chegou em sua força máxima, mas mesmo assim fez estragos.


A triste imagem das filas de emprego ainda é uma realidade. Porém, no Rio de Janeiro a população da Baixada tem uma esperança: As oportunidades de emprego criadas pelos pólos petroquímicos e gás-químico. Foi uma criação imensa de empreendimentos que deram origem a esses pólos e, consequentemente, a milhares de empregos. De acordo com a Fundação CIDE (Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro), quando o assunto é economia, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Itaguaí estão entre os 20 melhores municípios do estado do Rio de Janeiro.


Mas as novidades não param por aí. Assim que a instalação do Pólo Gás-químico for finalizada, o Governo já prevê uma nova Refinaria na região, o que irá gerar mais empregos e infra-estrutura para todos moradores. Todas essas novidades estão movimentando o setor imobiliário da região. Em Nova Iguaçu, por exemplo, é comum vermos prédios sendo construídos e os apartamentos somem rápido da página de classificados.


Toda esta perspectiva de bons negócios tem influenciado os micros e pequenos empresários. Desde que a crise econômica chegou ao Brasil, o número de pessoas que procuram a associação de micros e pequenas empresas aumentou 25%. Porém, a explicação desta explosão não é somente o futuro próspero prometido a Baixada Fluminense, mas é também um reflexo da crise. Os micros empresários estão usando o dinheiro das indenizações pelas demissões para abrir seus próprios negócios. Neste momento a Associação ajuda a indicar o melhor negócio ou sugerir fontes de financiamento (Bancos e a Agência de Desenvolvimento do Rio de Janeiro, a INVEST-RIO) para abrir o empreendimento.


O trabalho da Associação vai além da orientação. Eles também oferecem cursos com turmas de 30 a 60 alunos, para qualificação de trabalhadores que acabam trabalhando nessas micros e pequena empresas. Os cursos vão da área de refrigeração à manutenção de micro computadores. De acordo com a Associação, atualmente existem na Baixada Fluminense 90 mil micros e pequenas empresas gerando 500 mil empregos e faturando cerca de dois bilhões de reais ao ano. São números impressionantes que fazem da Baixada Fluminense um importante centro econômico do Estado do Rio de Janeiro.
Por Bruno Neves

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